Revelado com exclusividade pelo programa Histórias do Esporte, da ESPN Brasil,  um novo escândalo de doping abala o esporte brasileiro, desta vez no  ciclismo. Nesta sexta-feira, depois da revelação dos canais ESPN  de que atletas do país haviam sido flagrados em exames realizados pela  União Ciclística Internacional (UCI) desde 2009, a própria entidade  máxima da modalidade veio a público para atualizar a lista. 
Em  meio à grande repercussão da informação, a Confederação Brasileira de  Ciclismo (CBC) não divulgou publicamente os casos, alegando que estaria  preservando os atletas, seguindo um padrão supostamente adotado pela  UCI. Entretanto, não punir nem divulgar punições fere o código da  Agência Mundial Antidoping (Wada), entidade da qual o Brasil é um dos  signatários. O caso poderá até ser encaminhado à Corte Arbitral do  Esporte (CAS).
Segundo informações publicadas pelos jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo, repercutindo as reportagens da ESPN Brasil,  a CBC é suspeita de acobertar os dados para não correr o risco de  perder o apoio de seu principal patrocinador desde 2009, o Banco do  Brasil. Por meio de sua assessoria de imprensa, o banco informou que o  contrato com a entidade está sob análise e que, atualmente, não há  vínculo em vigência. 
Entenda o caso 
Nesta semana, os canais ESPN apresentaram com exclusividade, por meio da equipe do programa Histórias do Esporte,  uma lista de ciclistas flagrados por doping, entre 2009 e 2011, que não  tiveram seus nomes revelados pela Confederação Brasileira de Ciclismo  (CBC). A informação foi passada à reportagem pela União Ciclística  Internacional (UCI), por meio da assessoria de imprensa da entidade. 
Na  manhã desta sexta-feira, Enrico Carpani, assessor da entidade, que tem  sede na Suíça, enviou um comunicado oficial corrigindo algumas  informações, apresentadas na primeira lista. 
Diz a nota da UCI:
“A  UCI tinha recebido amostras atípicas do laboratório credenciado da  Agência Mundial Antidoping, com uma clara indicação para os ciclistas  Diego Ares e Sherman Trezza de Paiva. A investigação para os dois  ciclistas não resultou numa descoberta analítica adversa. Assim, não há  potencial violação à lei antidoping para os dois ciclistas em questão.  Por favor, corrijam imediatamente a informação sobre esses ciclistas.
Na  lista, há outros dois atletas cujos casos ainda estão em andamento – e  para os quais foram reportados a presença de substâncias específicas.  São eles Fábio Ribeiro Júnior e Rogério dos Reis. A UCI também esclarece  que os ciclistas não são suspensos preventivamente das provas – e a  pena para eles pode ser reduzida para uma advertência de até dois anos.”  
Avaliação de Diego Ares
Bom, gostaria de dizer a todos que fiquei muito chocado e chateado com tudo o que aconteceu. As primeiras informações equivocadas que envolvia o meu nome nesse escândalo causaram danos imensos a mim, minha família, amigos e patrocinadores. 
Muito obrigado a todos que sempre confiaram em mim e que sabem da minha responsabilidade no esporte e que nunca me envolvi em nenhum escândalo de doping em toda minha carreira.
Sou um incentivador do ciclismo, sou um apaixonado pelo esporte e acredito que assim como eu, existem muitos atletas que construíram suas carreiras de forma limpa, dedicada... Mas infelizmente isso não interessa para a maioria. Seria muito bom se tivéssemos a oportunidade de mostrar o outro lado do esporte. 
De tudo isso fica outra lição importante: Que não devemos disseminar informações sobre as pessoas irresponsavelmente. 
Um abraço a todos
   Diego Ares
 
 
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